quarta-feira, 24 de junho de 2015

ROMU- "Ferrramenta importante no patrulhamento urbano"


ROMU – RONDAS OSTENSIVAS MUNICIPAIS

“ Ferramenta importante na atuação operacional e no patrulhamento urbano”
 
*Siderley Lima




            A falta de segurança no nosso cotidiano  e o aumento da criminalidade têm evidenciando a insegurança dos centros urbanos,   episódios de violência em todo o país são constantes. A segurança pública tem sido o segundo pior problema enfrentado pela população brasileira, só perdendo para a saúde.
          Dentro do cenário atual e em meio a real situação os órgãos segurança pública devem estar preparados para sua respectiva atuação, seja na esfera federal, estadual e municipal.           No contexto da segurança publica na gestão municipal, na área de planejamento operacional quando falamos em enfrentar a criminalidade, uma das ferramentas das Guardas Municipais tem sido a criação de equipes que realizam o patrulhamento tático conhecido como ROMU. “
 
      A Sigla e a forma de patrulhamento como é conhecida pela grande maioria das corporações como ROMU –Rondas Ostensivas Municipais, surgiu no ano de 1993 no governo do então prefeito Paulo Maluf, no qual a modalidade de policiamento foi apresentada como plano de governo na sua gestão da época. Todos nós sabemos que o Maluf como governador de SP, em seus discursos utilizava a famosa frase “ Rota nas Ruas” e o mesmo se intitulava como quem deu maior liberdade de atuação dos homens da ROTA. Já na esfera municipal ao assumir a prefeitura de SP, e não tendo autonomia na PM, ele possuía uma corporação com 07 anos de atuação e resolve criar a ROMU dando “ carta branca” na atuação dos integrantes das equipes, ou seja, o prefeito autorizou um policiamento de forma mais enérgica e semelhante ao da ROTA, batizando com o nome de ROMU. “Rondas Ostensivas.” Semelhante ao nome de origem da “ Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar”.

Entrega das viaturas em 1993 na GCM de São Paulo
            Ao longo do tempo, o trabalho mostrou resultados satisfatórios, como a Guarda Civil Metropolitana de SP sempre foi um referencial na atuação das guardas municipais, o modelo das ROMUs foi copiado por outros municípios que criaram suas equipes.  Até hoje a sigla e a criação de equipes tem sido adotada por diversas corporações, sendo uma pronta resposta para as situações de maior complexidade nas ocorrências policiais.

        Quando se fala na atuação nas ruas, realizando o policiamento preventivo, o guarda tem que ter  lembrar sempre que “ Ocorrência policial não escolhe data, hora, nem local, ela simplesmente acontece ” E você está pronto? Em se tratando de uma ocorrência que exige uma pronta resposta e apoio, as ROMUs tem sido uma peça fundamental, mostrando a cada dia o preparo e sua devida importância no cenário municipal. O pronto atendimento das ROMUs vão desde uma simples averiguação até a prisão de acusados de tráfico de entorpecentes, assaltantes, estelionatários, prisão de procurados e foragidos da justiça, escolta de presos, prisão de quadrilhas de criminosos, controle de distúrbios, entre outras ocorrências. 

A importância de implantar o policiamento tático é justamente um apoio mais rápido no serviço operacional. Uma equipe de Patrulhamento Tático é formada através do seguinte trinômio: Pessoal, Equipamento e Treinamento. É necessário selecionar realmente o pessoal, treiná-los constantemente, sempre manter suas técnicas atualizadas, e equipá-los com todo o equipamento necessário para cumprir as missões de forma eficaz e segura. Desta forma a corporação mostrara a cada dia maturidade não só no preventivo, mais também a pronta resposta em situações cruciais em ocorrências no qual exige o emprego da equipe treinada com maior força de impacto, utilizando um efetivo com treinamento especializado em policiamento tático, não podemos esquecer que a cada dia que as Guardas Municipais estão crescendo e tendo uma maior atuação na Segurança Publica, ou seja, a cada dia devemos estar preparados para atender todo tipo de ocorrência.

As equipes de patrulhamento tático seja ROMU ou outras siglas estão  procurado melhorar a cada dia sua forma de atuação, seus métodos e seus procedimentos durante o serviço de policiamento  preventivo ou em especial o patrulhamento tático motorizado, mostrando que independente da situação, estão  prontas para diminuir os índices de criminalidade.

 * Siderley Lima, GCM de Jandira, é  Supervisor da SIESp- Seção de instrução especializada da GCM, ex-subcomandante, é integrante da ROMU.  É consultor de segurança, graduado do curso de Gestão em segurança privada pela Universidade Paulista, Diplomado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, certificado como operador de Armas e Táticas Especiais SAWT/CATI,  idealizador do blog sobre segurança http://gestorsegurancaempresarial.blogspot.com/; Colunista do site de segurança www.dicaseg.com; Membro da ABSEG- Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, autor dos livros Manual Básico do Instrutor de Armamento e Tiro, Manual de Segurança  e Sobrevivência Policial no Confronto Armado.

siderleyandrade@yahoo.com.br

 

 

 

 

 

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Patrulhamento tático nas GCMs. "ROMU"



As organizações criminosas no Brasil cada dia se tornam mais presentes no nosso dia a dia, não podemos fechar os olhos, o problema é real, as quadrilhas estão cada vez mais especializadas, podemos ver isso no contrabando, o tráfico de drogas, o roubo de cargas, o tráfico de armas, assaltos a bancos, o tráfico e exploração de crianças e mulheres, os jogos ilegais, o furto e receptação de veículos,etc.

Dentro deste contexto as Guardas Municipais são importantes para os municípios onde tem como principal função aproximar-se mais da população priorizando o policiamento preventivo e comunitário, isso todos concordam, agora e se o policiamento comunitário falhar e uma viatura de deparar com um roubo de cargas, roubo a banco, sequestro relâmpago ou receber uma denuncia de tráfico de drogas ? 

No cotidiano policial a necessidade de estar preparado para todas as adversidades e desafios são diários. Mesmo exercendo a atividade policiamento comunitário, fica a pergunta : E se o policiamento primário não resolver? E se der inicio a uma onda de ataques igual em 2006? Se for solicitado para auxiliar na escolta de um preso de alta periculosidade? E se aparecer uma ocorrência de quadrilha explodindo um caixa eletrônico naquelas cidades do interior que o efetivo da GCM é 5 vezes mais do que o da PM ? 

Mais cedo ou mais tarde será necessário uma resposta tática e rápida para atuar em determinadas ocorrências, uma vez que ocorrência não escolhe data, hora, local, ela simplesmente acontece. Pode ser um simples acidente de trânsito, uma briga de casal ou um roubo a banco. É por isso que na área policial existem os mais diversos tipos de grupos e equipes táticas atuando, isso só reforça a tese de que é necessário possuir homens bem treinados, uma equipe especializada, pronta para os mais diversos serviços.
 

Algumas equipes/grupos tático nas GCMs 

- IOPE-  Inspetoria de operações especiais : GCM São Paulo; 
- IAE - Inspetoria de ações especiais : GCM de Campinas;

- ROMU - Rondas ostensivas municipais; Varias GCMs. 

- ROMO – Ronda ostensiva motorizada: GCM de Santo André

- ROMEP- Ronda Ostensiva Municipal Especial Preventiva; GCM de Americana. 

- RONDAC - Ronda da Capital (GCM de Aracaju e Salvador)

- GTO -  Grupo tático operacional: GCM de Aracaju;
 
- GOE - Grupo de operações especiais: GCM de Curitiba; 

- GT - Grupo Tático: GCM de Jandira; ( agora é ROMU)

- GITE- Grupo de intervenção tática especializado: GCM de Barueri. 

- GOTE- Grupo de operações táticas especiais: GCM de Guarulhos. 

- ESQUADRÃO TÁTICO -  GCM de Paulínia (agora é ROMU ) 

- GAP - Grupo de apoio preventivo: GCM de Indaiatuba 

- GTAM – Grupo tático municipal – GCM de Boa Vista/ Roraima 

-GTA- Grupo tático de apoio. GCM de Foz do Iguaçu 

- GAT  -  grupo ações táticas – GCM Mogi Guaçu  

- GAE - Grupo Apoio Especial – GCM Campinas. 

- GAE- Grupo de Ações Especiais- Guarda Municipal  do rio de Janeiro 

- GAT -  grupo de apoio tático ; Algumas GCMs. 

- ROTAMRondas Táticas Motorizadas - GCM de Nova Friburgo

- GAAO – Grupo de Apoio e Ação Operacional : GCM de Maceió. 

O detalhe é que a maioria dos grupos praticamente realizam o mesmo tipo de serviço, ou seja o patrulhamento tático. Enfim independente da missão o mais importante que uma sigla é o treinamento constante. As siglas mudam, porém os treinamentos, o objetivo e as missões são semelhantes, sendo assim o mais importante é a equipe estar preparada. 

A importância de implantar o policiamento tático é justamente um apoio mais rápido no serviço operacional, a PM, por exemplo, dependendo da ocorrência se o policial pedir apoio além das viaturas de área, ainda conta com as viaturas de força tática e apoio do helicóptero ‘Águia”. Agora e se uma viatura GCM de pequeno porte precisar de um apoio imediato, com uma pronta resposta, quem irá auxiliar ? 

Para finalizar o objetivo principal de uma equipe tática é o apoio as demais viaturas durante o serviço e em ocorrências no qual exige o emprego da equipe treinada, com maior força de impacto, utilizando um efetivo com treinamento especializado em policiamento tático. 


* Siderley Andrade de Lima, ex-subcomandante, é integrante do Grupo Tático  GCM de Jandira,  Supervisor responsável pela coordenação de cursos e treinamentos, instrutor de armt e tiro.  É consultor de segurança , graduado do curso de Gestão em segurança pela Universidade Paulista, Diplomado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, idealizador do blog sobre segurança http://gestorsegurancaempresarial.blogspot.com/; Colunista do site de segurança www.dicaseg.com; Membro da ABSEG- Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, autor dos livros:  “Manual Básico do Instrutor de Armamento  Tiro”, “ Sobrevivência Policial no Confronto Armado e “ Manual de Segurança Preventiva “ e Manual de Consultoria em Segurança.
siderleyandrade@yahoo.com.br