segunda-feira, 12 de novembro de 2018

O que é o PATAMO ? Curso de Patrulhamento Tático Motorizado



O curso de Patrulhamento Tático Motorizado tem o objetivo de capacitar e treinar os operadores para o Patrulhamento Tático nas ruas trabalhando na preparação dos integrantes para o primeiro atendimento e atuação em ocorrência de crise. A principal meta da capacitação é desempenhar e instruir a prática das atividades que as equipes de Tático realizam nas cidades.  Além do trabalho nas ruas, o curso tem foco no patrulhamento ostensivo em áreas de alto risco; apoio a ações policiais de risco; e suporte técnico em ocorrências de alto grau de periculosidade, os operadores estarão capacitados a agirem de maneira mais técnica diante de situações com um grau maior de dificuldade oferecendo uma apoio com maior segurança as demais colegas.

As equipes  especializadas são classificadas como suporte e  atuam como primeira resposta em diversos cenários de ocorrências policiais, sejam em ambiente urbano ou rural. A especialização dos operadores se torna um diferencial, pois na grande maioria dos cursos espalhados nas PMs  e alguns realizados nas GCMs um dos principais requisitos é o voluntariado do candidato, de modo geral contribui demais na postura, doutrina, disciplina,  lealdade e procedimentos empregados durante o atendimento nas ruas. A vontade de trabalhar nas mais diversas ocorrências em especial no combate aproximado com a criminalidade é outro diferencial.

O curso também serve para aumentar o grau de profissionalismo dos participantes, o cursado terá conhecimentos doutrinários específicos para que exerçam de maneira técnica o policiamento tático, proporcionando a manutenção da ordem pública, agindo dentro dos preceitos da legalidade, proporcionalidade e necessidade. Além de integrar  ou estar apto para atuar nas equipes de ROMUs.

O Curso apresenta conceitos e características, como se organizam equipes operacionais, suas funções e atribuições. São ensinados procedimentos operacionais individuais e em equipe, com ênfase na devida conduta e postura do agente de aplicador da lei que executa o Patrulhamento Tático Motorizado. 

Os cursos de  Patamo têm por objetivo formar operadores e multiplicadores de uma doutrina específica de patrulhamento tático, desenvolvida para atuar como pronta resposta de uma Corporação  às quais as unidades são subordinadas. 

A doutrina de Patrulhamento Tático é voltada na distribuição de funções entre operadores de uma equipe, valoriza o treinamento constante, estabelece diretrizes de conduta e de atuação nas mais diversas atividades desenvolvidas, desde as abordagens a pessoas ou veículos, procedimentos em diversos locais (em atendimento de ocorrência ou não), técnicas de observação durante o patrulhamento de alto risco, dentre outras.

Forjar o patrulheiro tático e mostrar a necessidade de ser um pouco mais técnico, ter a frieza necessária e ter um pouco mais de ostensividade para poder enfrentar a criminalidade. Quanto mais especializado for o patrulheiro, melhor segurança vamos prestar a comunidade, e um melhor apoio as demais viaturas.
Algo que é frisado muito durante as instruções são as características de uma equipe de patrulhamento táticos que devendo sempre sem colocadas em pratica que são: agilidade, flexibilidade, dinamismo, rapidez e precisão. 

GCM Siderley Lima: pós graduando em Gerenciamento de Crises, graduado do curso de Gestão em segurança privada, instrutor e integrante da ROMU de Jandira, foi o coordenador de 5 edições do PATAMO, possui o Curso de Operações Especiais, Membro da ABSEG- Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, autor de 07 livros entre eles o ROMU: Um Guia Para os Patrulheiros Táticos de ROMU, é palestrante, escritor e jornalista.

sábado, 12 de maio de 2018

Tributo aos heróis de farda


12/05/2006
Após perder dois companheiros de trabalho nos ataques do PCC, escrevi um artigo com o seguinte tema: "Tributo aos heróis anônimos"
De lá para cá não mudou muita coisa. Sendo assim o artigo continua atual para a mesma reflexão. Citando Platão "Só os mortos conhecem o fim da guerra." ele tinha razão!
A MISSÃO CONTINUA!
TRIBUTO AOS HERÓIS ANÔNIMOS (2006)
O que empurra um homem para uma profissão de tal risco? A opção de um emprego? A vocação? O orgulho? Talvez sim, mas o desejo maior desse homem é de servir à sociedade, de salvar vidas, de proteger o indefeso, ser um herói anônimo.
Profissão de guerreiros, onde não é admitido o medo, a covardia, a omissão. Mas quem não tem medo? Afinal esse homem é de “carne e osso”, sujeito as mesmas emoções, sentimentos e medos que qualquer pessoa tem. Os medos afloram à toda situação de risco, sendo controlado , deixando esses homens sempre espertos e atentos. O convívio com situações de emergências se intensifica a cada dia, obrigando o mascaramento, pois afinal “Herói” não tem medo de nada.
Um chamado no rádio da viatura informa uma ocorrência, o deslocamento veloz na expectativa de evitar o crime. Situações muitas vezes tristes, dramáticas e mesmo traumatizante, quando nos defrontamos com o crime, a violência, o acidente, a ilegalidade a fatalidade. Estas situações e responsabilidades que são colocadas nas costas desses homens de farda.
A população reclama porque acha que é muito fácil manter a ordem pública na cidade. Mal sabe que, enquanto o jantar está sendo servido na família, na frente da televisão, no conforto do lar, do outro lado, no submundo, muito sangue está correndo, o nosso e o dos marginais. O serviço policial é a barreira que separa a sociedade e o submundo do crime.
É engraçado, ninguém fala ao seu dentista sobre uma extração de um dente ou uma restauração, ou nem se arrisca a falar ao médico que ele está fazendo uma cirurgia errada, mas todos parecem que entendem sobre segurança pública. Em muitas ocorrências, o cidadão com expectativas esperando que esse homem fardado resolva todos os seus problemas, do outro lado esse homem esperando cooperação, compreensão, solidariedade... Difícil Hein! Onde resta quase sempre alguma mágoa ou decepção, misturada com uma sensação de dever cumprido.
As dificuldades da profissão, principalmente sobre as injustiças, os acertos são pouco elogiados, mas seus erros são duramente criticados pela sociedade e pela mídia. São poucos que reconhecem o árdua trabalho, pois na maioria preferem criticá-los. São profissionais que trabalham sob pressão permanente, enfrentando os mais diferentes tipos de adversidades e injustiças.
A rotina do dia-a-dia segue, mais um serviço, mais um plantão, mais uma noite, preleção, recomendações, alguns ajustando o equipamento, outros vestindo o colete a prova de balas. Últimos preparos e estão mais uma vez nas ruas . Durante a noite o rádio grita “Companheiros Baleados…, Companheiros baleados”.
As viaturas se deslocam em alta velocidade no apoio, todos com um só pensamento “companheiros estão em perigo. O silêncio do rádio aumenta a ansiedade. Precisamos chegar.!. O rádio volta a gritar ” Companheiros baleados gravemente…estão sendo socorridos. “O coração dispara, os olhos lacrimejam, quem será ?…….Novamente o silêncio do rádio é quebrado, e é informado algo ninguém quer ouvir ……..Infelizmente informamos a toda rede que nossos companheiros acabaram de falecerem no PS”. Os sentimentos se misturam, desolação…, sensação de impotência….revolta…tristeza…..choro. Em meio a tudo isso, um pensamento ecoa “Poderia ter acontecido comigo. Amanhã quem será ? Será que serei o próximo?
O perigo é nosso companheiro permanente, a morte em serviço significa o mais alto preço pago para a preservação da ordem pública e o restabelecimento da tranquilidade de cada cidadão, esses homens não são parte do problema na segurança pública, e sim parte da solução.
A índole e o desejo profissional são mais que fato, o desejo de se defrontar com o inimigo é quase uma paranoia. Esses homens de farda sonham com o dia do primeiro tiroteio. Não para que esse dia não chegue, mas para que chegue rápido. Todo cidadão sonha e reza para nunca encontrar um marginal pela frente. Esses heróis torcem para que isso aconteça o tempo todo e ” quanto mais armado e apetitoso, melhor ainda ” Heroísmo, loucura, sabe-se lá ! O fato é que algo muito forte nos empurra para o perigo, e a cada dia a missão será cumprida..! Companheiros tombaram, mas para aqueles que continuam na batalha, e que em suas veias correm a vontade de ajudar os outros, servir a sociedade, vestir a farda com orgulho do que faz , que escolheu a missão de defender o cidadão de bem, confrontar o crime e que nisto arriscar a própria vida, a guerra não acabou. ” A missão continua “.


* GCM Siderley Lima: pós graduando em Gerenciamento de Crises, graduado do curso de Gestão em segurança privada pela Universidade Paulista, possui o Curso de Operações Policiais Especiais, Consultor de Segurança,  instrutor de armamento e tiro, instrutor e integrante da ROMU, Diplomado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, idealizador do blog sobre segurança http://gestorsegurancaempresarial.blogspot.com/;  Membro da ABSEG- Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, autor dos livros   de 07 livros, palestrante e jornalista.


siderleyandrade@yahoo.com.br

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Palestra Sobrevivência Policial - (gratuita)


Palestra: Sobrevivência Policial
A palestra já foi ministrada nas seguintes corporações:
- Guarda Civil Metropolitana de SP;
- GCM de Barueri;
- GCM de Piracicaba;
- GCM de Valinhos;
- GCM de Jandira;
- GCM de São Manuel;
- GCM de Monte Mor;
- GCM de Suzano;
- GCM de Embu das Artes;
- GCM de Embu Guaçu;
- GCM de Indaiatuba;
- GCM de Nossa Odessa;
- GCM de Cotia;
- Associação GCMs de Mogi das Cruzes;
- GCM de Ipojuca/PE;
- GCM de Olinda/PE;
- GCM de Cabo de Santo Agostinho/PE;
- GCM Itapissuma/PE;
- 19° BPMPE/Pernambuco;
- Regimento de Cavalaria PM/PE
- Empresa Nordeste Segurança/PE
- Curso de Habilitação de Oficiais-PMMS
Além de ser ministrada nos seguintes cursos:
- seis edições do curso de formação de Instrutor de técnicas operacionais (CS3);
- cinco edições do curso de PATAMO(GCM Jandira );
- três edições do curso de PPME (CESDH)
- edição do Curso de Sobrevivência Policial.
Totalizando mais de 1.000 profissionais de segurança pública de varios lugares do país.
Informações
Contato: (11) 94762-4477
Palestrante: GCM Siderley, autor do livro Sobrevivência Policial no Confronto Armado.





terça-feira, 24 de abril de 2018

O homem de Operações Policiais Especiais

O HOMEM DE “ OPERAÇÕES POLICIAIS ESPECIAIS
*Siderley Lima




O que diferencia um homem convencional e o de operações especiais é a superação dos limites que um corpo pode aguentar, levando em consideração a pressão psicológica durante o curso. Não é fácil ser um caveira, usando a frase “ Vontade de muitos e privilegio de poucos” ela resume bem o que é concluir um COEsp.
O operacional de operações especiais são homens que devido ao treinamentos e sua especialização, enfrentam a rusticidade de suas missões, sua larga capacidade de resistência, estão preparados  a superar obstáculos como:
· O terreno

· O tempo

· A fome
· A chuva
· O sono
· O desgaste físico e mental
· A solidão
· A distância.


No dia a dia algumas pessoas são viciadas em drogas, alguns em cigarros, outros em bebidas. Existe uma parcela de homens viciados na adrenalina operacional que o trabalho proporciona.
Na atividade policial uma pequena parcela faz parte de grupos que são viciados em chegar onde a maioria não chega, o vício principal do grupo é cumprir missões especiais. Uma vez que você se torna um deles e participa de um curso de Op Esp. é o suficiente para estar viciado..." Porém não são chamados de "dependentes de algo" e sim são chamados de " HOMENS DE OPERAÇÕES ESPECIAIS. 


* Siderley Andrade de Lima, GCM de Jandira, exerceu a função de Supervisor responsável pela coordenação de cursos e treinamentos, ex-subcomandante. É consultor de segurança patrimonial, graduado do curso de Gestão em segurança privada pela Universidade Paulista, Diplomado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, idealizador do blog sobre segurança http://gestorsegurancaempresarial.blogspot.com/; Colunista do site de segurança www.dicaseg.com; Membro da ABSEG- Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, autor dos livros Manual Básico do Instrutor de Armamento e Tiro e Sobrevivência Policial no Confronto Armado.