segunda-feira, 8 de junho de 2015

Patrulhamento tático nas GCMs. "ROMU"



As organizações criminosas no Brasil cada dia se tornam mais presentes no nosso dia a dia, não podemos fechar os olhos, o problema é real, as quadrilhas estão cada vez mais especializadas, podemos ver isso no contrabando, o tráfico de drogas, o roubo de cargas, o tráfico de armas, assaltos a bancos, o tráfico e exploração de crianças e mulheres, os jogos ilegais, o furto e receptação de veículos,etc.

Dentro deste contexto as Guardas Municipais são importantes para os municípios onde tem como principal função aproximar-se mais da população priorizando o policiamento preventivo e comunitário, isso todos concordam, agora e se o policiamento comunitário falhar e uma viatura de deparar com um roubo de cargas, roubo a banco, sequestro relâmpago ou receber uma denuncia de tráfico de drogas ? 

No cotidiano policial a necessidade de estar preparado para todas as adversidades e desafios são diários. Mesmo exercendo a atividade policiamento comunitário, fica a pergunta : E se o policiamento primário não resolver? E se der inicio a uma onda de ataques igual em 2006? Se for solicitado para auxiliar na escolta de um preso de alta periculosidade? E se aparecer uma ocorrência de quadrilha explodindo um caixa eletrônico naquelas cidades do interior que o efetivo da GCM é 5 vezes mais do que o da PM ? 

Mais cedo ou mais tarde será necessário uma resposta tática e rápida para atuar em determinadas ocorrências, uma vez que ocorrência não escolhe data, hora, local, ela simplesmente acontece. Pode ser um simples acidente de trânsito, uma briga de casal ou um roubo a banco. É por isso que na área policial existem os mais diversos tipos de grupos e equipes táticas atuando, isso só reforça a tese de que é necessário possuir homens bem treinados, uma equipe especializada, pronta para os mais diversos serviços.
 

Algumas equipes/grupos tático nas GCMs 

- IOPE-  Inspetoria de operações especiais : GCM São Paulo; 
- IAE - Inspetoria de ações especiais : GCM de Campinas;

- ROMU - Rondas ostensivas municipais; Varias GCMs. 

- ROMO – Ronda ostensiva motorizada: GCM de Santo André

- ROMEP- Ronda Ostensiva Municipal Especial Preventiva; GCM de Americana. 

- RONDAC - Ronda da Capital (GCM de Aracaju e Salvador)

- GTO -  Grupo tático operacional: GCM de Aracaju;
 
- GOE - Grupo de operações especiais: GCM de Curitiba; 

- GT - Grupo Tático: GCM de Jandira; ( agora é ROMU)

- GITE- Grupo de intervenção tática especializado: GCM de Barueri. 

- GOTE- Grupo de operações táticas especiais: GCM de Guarulhos. 

- ESQUADRÃO TÁTICO -  GCM de Paulínia (agora é ROMU ) 

- GAP - Grupo de apoio preventivo: GCM de Indaiatuba 

- GTAM – Grupo tático municipal – GCM de Boa Vista/ Roraima 

-GTA- Grupo tático de apoio. GCM de Foz do Iguaçu 

- GAT  -  grupo ações táticas – GCM Mogi Guaçu  

- GAE - Grupo Apoio Especial – GCM Campinas. 

- GAE- Grupo de Ações Especiais- Guarda Municipal  do rio de Janeiro 

- GAT -  grupo de apoio tático ; Algumas GCMs. 

- ROTAMRondas Táticas Motorizadas - GCM de Nova Friburgo

- GAAO – Grupo de Apoio e Ação Operacional : GCM de Maceió. 

O detalhe é que a maioria dos grupos praticamente realizam o mesmo tipo de serviço, ou seja o patrulhamento tático. Enfim independente da missão o mais importante que uma sigla é o treinamento constante. As siglas mudam, porém os treinamentos, o objetivo e as missões são semelhantes, sendo assim o mais importante é a equipe estar preparada. 

A importância de implantar o policiamento tático é justamente um apoio mais rápido no serviço operacional, a PM, por exemplo, dependendo da ocorrência se o policial pedir apoio além das viaturas de área, ainda conta com as viaturas de força tática e apoio do helicóptero ‘Águia”. Agora e se uma viatura GCM de pequeno porte precisar de um apoio imediato, com uma pronta resposta, quem irá auxiliar ? 

Para finalizar o objetivo principal de uma equipe tática é o apoio as demais viaturas durante o serviço e em ocorrências no qual exige o emprego da equipe treinada, com maior força de impacto, utilizando um efetivo com treinamento especializado em policiamento tático. 


* Siderley Andrade de Lima, ex-subcomandante, é integrante do Grupo Tático  GCM de Jandira,  Supervisor responsável pela coordenação de cursos e treinamentos, instrutor de armt e tiro.  É consultor de segurança , graduado do curso de Gestão em segurança pela Universidade Paulista, Diplomado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, idealizador do blog sobre segurança http://gestorsegurancaempresarial.blogspot.com/; Colunista do site de segurança www.dicaseg.com; Membro da ABSEG- Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, autor dos livros:  “Manual Básico do Instrutor de Armamento  Tiro”, “ Sobrevivência Policial no Confronto Armado e “ Manual de Segurança Preventiva “ e Manual de Consultoria em Segurança.
siderleyandrade@yahoo.com.br
  

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